Grosseiramente falando, o aterramento nada mais é do que um ou mais hastes de cobre enterradas e ligadas a um fio ou cabo, que se estende até a(s) tomada(s). Na(s) tomada(s), este fio ou cabo será ligado ao terceiro orifício, que é destinado ao terra(nome popular). A principal função do aterramento é o escape para um local seguro, de energia dispensável. Seja por motivos de segurança, seja para efeitos de melhoria acústica, ou como meio de prolongamento da vida útil de equipamentos.
O aterramento incorreto é hoje um dos principais motivos do mal funcionamento de equipamentos eletrônicos. Ruído, alarmes , falha de comunicação, entradas analógicas com valores lidos que não correspondem ao valores esperados. Muitos problemas que parecem não ter explicação estão diretamente relacionados a falta de eficiência do aterramento aplicado.
O aterramento elétrico instalado de maneira correta tem três funções principais:
1 – Proteger o usuário do equipamento das descargas atmosféricas, através da viabilização (qualidade) de um caminho alternativo para a terra, de descargas atmosféricas.
2 – “Descarregar” cargas estáticas acumuladas nas carcaças das máquinas ou equipamentos para a terra.
3 – Facilitar o funcionamento dos dispositivos de proteção (fusíveis, disjuntores, etc.), através da corrente desviada para a terra.
Existem várias outras funções para o aterramento elétrico, até mesmo para eliminação de EMI (interferências eletromagnéticas), porém essas três acima são as principais.
Se o neutro e o terra estão conectados no mesmo ponto (haste de aterramento), porque um é chamado de terra e o outro de neutro?
O neutro é um “condutor” fornecido pela concessionária de energia elétrica, pelo qual há o “retorno” da corrente elétrica. O terra é um condutor construído através de uma haste metálica e que, em situações normais, não deve possuir corrente elétrica circulante. Ou seja: A grande diferença entre terra e neutro é que, pelo neutro há corrente circulando, e pelo terra, não. Quando houver alguma corrente circulando pelo terra, normalmente ela deverá ser breve, isto é, desviar uma descarga atmosférica para a terra, por exemplo.
O fio terra, por norma, vem identificado pelas letras PE, e deve ser de cor verde e amarela. Notem ainda que ele está ligado à carcaça do PC. A carcaça do PC, ou de qualquer outro equipamento é o que chamamos de “massa” (toda a caixa metálica do equipamento).
Ao contrário do que muitos pensam, os problemas que um aterramento deficiente pode causar não se limitam apenas aos aspectos de segurança, que é o mais importante. Os principais efeitos de uma máquina mal aterrada, são choques elétricos ao operador, e resposta lenta (ou ausente) dos sistemas de proteção (fusíveis, disjuntores, etc.). Mas outros problemas operacionais podem ter origem no aterramento deficiente, como por exemplo:
1 - Quebra de comunicação entre máquina e PC (DMX, CPL, CNC, etc...) em modo on-line. Principalmente se o protocolo de comunicação for RS 232.
2 - Excesso de EMI gerado (interferências eletromagnéticas) e ruídos.
3 - Em caso de computadores pessoais e equipamentos digitais, funcionamento irregular com constantes “travamentos”.
4 - Aquecimento anormal das etapas de potência (inversores, conversores, etc...), e motorização.
5 - Para equipamentos com monitores de vídeo, interferências na imagem e ondulações podem ocorrer.
Dessa forma, concluimos que com um aterramento feito de maneira correta e dentro das normas, podemos atingir os objetivos mais rápido, também suprir os benefícios básicos necessários e facilitar o bom funcionamento do PC por um longo tempo.